quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vavá

Vavá

Edvaldo Izídio Neto nasceu no Recife no dia 12 de novembro de 1934 e faleceu no dia 19 de janeiro de 2002.Um dos centroavantes mais importantes do futebol brasileiro, Vavá era conhecido como o “ Peito de Aço “ por seu estilo valente e brigador. Campeão da Copa do Mundo em 1958, 1962 e Campeão Paulista em 1963. Se não pode ser considerado como um dos melhores jogadores da história do futebol brasileiro, no que diz respeito à habilidade com a bola nos pés e à capacidade de dar show, certamente Vavá foi um dos mais vitoriosos.Vavá começou sua carreira jogando por um dos grandes clubes do país, o Sport Recife em 1949. Suas boas atuações pela equipe pernambucana o levaram a ser convocado para a seleção brasileira que disputou as Olimpíadas de 1952, em Helsinque, na Finlândia. Sua primeira partida foi um 5 a 1 contra a Holanda, aos olhos de 10 mil pessoas, no Estádio Municipal de Turkku, na Finlândia. Na ocasião Vavá fez o último gol da partida; seu primeiro com a amarelinha.Depois da boa campanha no torneio olímpico, Vavá teve a oportunidade de mostrar seu futebol em um grande centro do futebol brasileiro. Logo quando chegou ao Vasco da Gama, ainda um garoto de 17 anos em 1952, Vavá já teve o grande desafio de começar jogando a final do Campeonato Carioca daquele ano contra o Bangu, substituindo, nada mais nada menos, que o grande ídolo cruzmaltino daquele momento: Ademir Menezes. A jovem revelação não só não decepcionou, como marcou o gol que deu a vitória por 2 a 1 e, conseqüentemente, o título à equipe de São Januário.

Um sinal de que este jovem pernambucano tinha estrela e estava destinado a brilhar. Vavá ficou no Vasco até 1958, conquistando mais dois títulos cariocas, em 1956 e 1958, e a Taça Oswaldo Cruz de 1958.Sua estréia na seleção brasileira principal foi no dia 13 de novembro de 1958 no estádio Mário Filho, o Maracanã. Noventa e cinco mil pessoas viram o Brasil fazer 3 a 0 no Paraguai, em partida válida pela Taça Oswaldo Cruz.Justamente no ano que se desligou do Vasco, Vavá foi convocado para disputar a Copa do Mundo da Suécia. Chamado pelo técnico Vicente Feola, o jogador parecia que não teria muito espaço perto de atletas de grande gabarito como Dida, Didi, Mazola, Zagallo e Zito. Contudo, Vavá, mais Garrincha e um jovem que despontava para o futebol naquele momento – Pelé – entraram na equipe no decorrer do torneio e foram fundamentais para a conquista do título mundial. O “Peito de Aço” marcou 5 gols durante a Copa de 58, dois contra a União Soviética, sendo que o segundo lhe causou um profundo corte na perna, um contra a França e dois contra a Suécia, os quais deram início a grande virada contra a Suécia na final do mundial, que terminou com o placar de 5 a 2.Reconhecido como campeão mundial, Vavá foi contratado logo após a Copa pelo poderoso Atlético de Madri, da Espanha, onde jogou quatro temporadas.

Em 1961, chegou no Palmeiras para se juntar a Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Zequinha, Julinho, Chinesinho e ainda Ademir da Guia que também chegava naquele ano ao alvi-verde de Parque Antarctica, para formar a primeira “Academia” da história do Palmeiras.Vestiu a camisa palmeirense até o ano de 1965, e neste período, Vavá disputou 142 jogos (90 vitórias, 23 empates e 29 derrotas) e marcou 71 gols, média de 0,5 gol por partida.Nesse período, ainda disputou a Copa de 62 no Chile, onde marcou 4 gols, um contra a Inglaterra, dois contra o Chile e um contra a Checoslováquia. No jogo da final em que o Brasil venceu a Checoslováquia por 3x1, teve a seguinte formação: Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Zantos; Zito, Didi e Zagalo; Garrincha, Vavá e Amarildo. Vavá foi o primeiro jogador a marcar gols em duas finais de Copa do Mundo (58 e 62).No ano seguinte foi campeão paulista pelo Palmeiras, que tinha a seguinte formação: Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge; Zequinha e Ademir da Guia; Julinho, Vavá, Servilio e Nilo.

Vavá deixou o Palmeiras em 1965, quando se transferiu para o América, do México. Quatro anos depois voltou ao Brasil e encerrou sua carreira na Portuguesa Carioca. Como treinador, Vavá comandou equipe no Oriente Médio e ainda foi o técnico da seleção brasileira de novos que disputou o Mundial da categoria em 1981. Apesar da curta passagem como técnico da seleção brasileira de juniores (4 jogos; 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota) revelou jogadores como o lateral Josimar (ex-Botafogo e Fla) e os zagueiros Júlio César (ex-Guarani) e Mauro Galvão (ex-Vasco e Grêmio). No ano seguinte, foi convidado pela CBF para ser o auxiliar técnico de Telê Santana na seleção que disputou o Mundial da Espanha.Vestiu a camisa da seleção brasileira 23 vezes, marcando 15 gols, obteve 19 vitórias, 3 empates, 1 derrota. Por sua participação nos títulos das Copas de 58 na Suécia (marcando 5 gols) e de 62 no Chile (marcando 4 gols) Vavá recebeu o “carinhoso” apelido de “Leão da Copa”.O grande Vavá “Peito de Aço”, o “Leão da Copa”, morreu aos 67 anos no dia 19 de janeiro de 2.002, no Rio de Janeiro, por problemas cardíacos.

Principais Títulos:

Campeão Mundial nas Copas de 58 e 62
Campeão Carioca em 1956 e 1958 jogando pelo Vasco da Gama
Campeão do Rio-São Paulo de 1958 jogando pelo Vasco da Gam
Campeão Paulista de 1963 jogando pelo Palmeiras












Um comentário:

Paulo disse...

Campeão Carioca de 1952 também. Fez inclusive um dos gols na final vencida por 2x1 contra o Bangu.