Em junho de 1947, numa prova de que era, então, o time mais respeitado do país no exterior, o Vasco foi o primeiro clube brasileiro a ser convidado para participar do Troféu Teresa Herrera, na ocasião em sua segunda edição.
Poucos dias antes, aproveitando-se da excursão, disputou alguns amistosos em Portugal, local onde seu avião pousou vindo do Rio. O aproveitamento em terras lusitanas foi muito bom, tendo em vista que o "quadro" cruzmaltino derrotou o Porto-POR, o Valência-ESP e um combinado de Lisboa. Somente foi batido pelo Sporting, de Lisboa, o então campeão português, por 3 a 2. Pelo torneio espanhol, cujo primeiro campeão foi o Sevilla, da Espanha, no ano anterior, o Vasco teria a missão de enfrentar o Atlético Bilbao-ESP, vice-campeão nacional, que contava com diversos jogadores de sua seleção. Empurrado por sua torcida, que lotou o antiquíssimo estádio San Manes, o Bilbao abriu 3 a 0 à frente, ainda na primeira etapa, com dois gols de Iraragorri e um de Gainza. 0 meia Lelé cobrou o pênalti que colocou o Vasco de volta ao jogo. Na volta do intervalo, o que se viu foi um massacre cruzmaltino, que inclusive saiu aplaudido pela torcida adversária, tamanha a admiração com habilidade do elegante zagueiro Raffanelli, de Alfredo, no meio-de-campo, e sobretudo de todo o ataque, composto por Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico. Ainda houve tempo para Friaça reduzir a vantagem, mas era tarde demais.
Os 3a 2 deram o título ao Atlético Bilbao, e o Vasco ficou com o vice. Na ocasião, o Cruzmaltino não contou com Danilo Alvim, lesionado, e Ademir Menezes, grande craque da época, que ainda estava no Fluminense e só viria a ser contratado para fazer parte do Expresso da Vitória, no Sul-Americano de Clubes Campeões, em fevereiro de 1948. Mas isso é assunto para a próxima reportagem!
Durante a década de 30, o Vasco recebeu alguns clubes argentinos, como os tradicionalíssimos River Plate, Boca Juniors e Velez Sarsfield, para amistosos em São Januário. Alguns dos jogadores portenhos haviam se tomado vice-campeões mundiais na Copa de 30. Assim, as partidas transformaram-se em duelos imperdíveis.
Fonte: Supervasco
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