domingo, 21 de dezembro de 2008

Genuíno


Surgiu como um meteoro no futebol carioca. O seu desempenho no jogo Madureira e Botafogo provocou um verdadeiro caso no campeonato carioca de 1951. Por causa do seu gol o Fluminense esteve com o titulo a perigo.
Depois desapareceu de circulação. Voltou a Sete Lagoas. Falou-se que iria jogar pelo Flamengo. O clube da Gávea chegou a negociar o seu passe com o tricolor suburbano, mas Genuíno protestou. Nada custou ao Madureira e nada poderia custar ao Flamengo. Não era mercadoria para ser negociado.
Encontrou-se uma formula para transferir o homem que fabricava gols com tanta naturalidade. Foi emprestado ao Vasco.
Ninguém acreditava que ele pudesse se submeter ao regime de concentração do grêmio da Cruz de Malta, ele que até no Madureira foi deixado à vontade, sem treinar individual, sem ensaiar em conjunto. De fato ele não se adaptou ao sistema utilizado no profissionalismo do Vasco, e um dia a bomba estourou: Genuino fugiu de São Januário. Pegou uma carona num caminhão para Sete Lagoas e foi matar as saudades da família.
Um dia reapareceu e deu todas as desculpas pela fuga. Prometeu emendar-se e seguir todas as instruções. Assim tem acontecido. Um jogador de atitudes esquisitas e que agora vem demonstrando o quanto vale. Tem marcado muitos gols para o Vasco no Torneio Rio São Paulo.
Um grande centro avante recuperado pelo técnico Flávio Costa para o plantel vascaíno. Tem dado trabalho as defesas adversárias, e ainda dará muita dor de cabeça, isto se não tiver saudades de Sete Lagoas.

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