Primeira fila: Sampaio, Augusto, Barbosa, Wilson e Laerte.
Segunda fila: Jorge, Alfredo II, Amílcar Giffoni (comissão técnica), Flávio Costa (técnico), Oto Glória (comissão técnica), Danilo e Eli
Terceira fila: Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Lima, Ipojucã, Heleno de Freitas, Chico e Mário
Crédito: http://www.crvascodagama.blogspot.com/
Segunda fila: Jorge, Alfredo II, Amílcar Giffoni (comissão técnica), Flávio Costa (técnico), Oto Glória (comissão técnica), Danilo e Eli
Terceira fila: Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Lima, Ipojucã, Heleno de Freitas, Chico e Mário
Crédito: http://www.crvascodagama.blogspot.com/
Altamente capacitado e integrante da primeira linha de treinadores do futebol brasileiro na década de 1970, Wilson Francisco Alves, o Capão, também foi um zagueiro raçudo. Um xerifão que impunha respeito pelo vigor físico, boa colocação e excelente senso de cobertura. Participou da célebre conquista do Vasco, campeão sul-americano de clubes de 1948, no Chile. Foi o primeiro título do futebol brasileiro obtido no exterior. Também sagrou-se campeão sul-americano com a Seleção Brasileira, em 1949, no Rio de Janeiro. O 1º Sul-Americano de Clubes foi promovido pelo Colo Colo, que convidou os campeões de cada país. Os sete participantes se enfrentaram em turno único pelo sistema de pontos corridos. O Vasco, chamado de “Expresso da Vitória” em razão do título carioca de 1947, estreou com vitória de 2 a 0 sobre o Litoral, da Bolívia, depois goleou o Nacional, do Uruguai, por 4 a 1, e o Municipal, do Peru, por 4 a 0. No Emelec, do Equador, fez 1 a 0, e empatou em 1 a 1 com o anfitrião.
Na penúltima rodada, dia 14 de março de 1948, o Vasco tinha pela frente o poderoso River Plate, a “Máquina”, campeão argentino com um ataque arrasador. Foram 90 gols na competição nacional. O River, que contava com “A Flecha Loira” Di Stéfano, na época com 21 anos, surpreendentemente, havia perdido para o Nacional de Montevidéu por 3 a 0. Por isso, precisava vencer para ficar com o título. Wilson era reserva, mas havia entrado na maioria dos jogos. Contra o River, no entanto, Flávio Costa notou o nervosismo do zagueiro argentino Rafanelli, nascido na província de Santa Fé e desconhecido em seu país. Decidiu, então, substituí-lo por Wilson, que nem sabia o nome dos famosos argentinos. Com uma atuação perfeita, o xerifão não deixou Di Stéfano andar.
O duelo foi dramático. Wilson sofreu uma lesão no tornozelo e deixou o campo aos 20 minutos do 2º tempo, substituído por Rafanelli. Barbosa defendeu um pênalti cobrado por Labruña. Depois de tanta emoção, o empate sem gols deu o título ao Vasco. Os cariocas somaram 10 pontos. River 9, Nacional 8, Municipal e Colo Colo 6, Litoral 2 e Emelec 1.
No ano seguinte, no 21º Sul-Americano de Seleções, Wilson ajudou o Brasil a faturar o caneco. Ele participou de cinco dos oito jogos. O time brasileiro fez 9 a 1 no Equador, 10 a 1 na Bolívia, 2 a 1 no Chile, 5 a 1 no Uruguai e perdeu do Paraguai por 2 a 1. No duelo desempate, 7 a 0 sobre os paraguaios. Classificação final: Brasil 12, Paraguai 12, Peru 10, Bolívia 8, Chile e Uruguai 5, Equador e Colômbia 2. Argentina e Venezuela não disputaram.
Súmula da final do Sul Americano de Clubes
VASCO DA GAMA 0 x 0 RIVER PLATE (ARG)
Data: 14/03/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau
Na penúltima rodada, dia 14 de março de 1948, o Vasco tinha pela frente o poderoso River Plate, a “Máquina”, campeão argentino com um ataque arrasador. Foram 90 gols na competição nacional. O River, que contava com “A Flecha Loira” Di Stéfano, na época com 21 anos, surpreendentemente, havia perdido para o Nacional de Montevidéu por 3 a 0. Por isso, precisava vencer para ficar com o título. Wilson era reserva, mas havia entrado na maioria dos jogos. Contra o River, no entanto, Flávio Costa notou o nervosismo do zagueiro argentino Rafanelli, nascido na província de Santa Fé e desconhecido em seu país. Decidiu, então, substituí-lo por Wilson, que nem sabia o nome dos famosos argentinos. Com uma atuação perfeita, o xerifão não deixou Di Stéfano andar.
O duelo foi dramático. Wilson sofreu uma lesão no tornozelo e deixou o campo aos 20 minutos do 2º tempo, substituído por Rafanelli. Barbosa defendeu um pênalti cobrado por Labruña. Depois de tanta emoção, o empate sem gols deu o título ao Vasco. Os cariocas somaram 10 pontos. River 9, Nacional 8, Municipal e Colo Colo 6, Litoral 2 e Emelec 1.
No ano seguinte, no 21º Sul-Americano de Seleções, Wilson ajudou o Brasil a faturar o caneco. Ele participou de cinco dos oito jogos. O time brasileiro fez 9 a 1 no Equador, 10 a 1 na Bolívia, 2 a 1 no Chile, 5 a 1 no Uruguai e perdeu do Paraguai por 2 a 1. No duelo desempate, 7 a 0 sobre os paraguaios. Classificação final: Brasil 12, Paraguai 12, Peru 10, Bolívia 8, Chile e Uruguai 5, Equador e Colômbia 2. Argentina e Venezuela não disputaram.
Súmula da final do Sul Americano de Clubes
VASCO DA GAMA 0 x 0 RIVER PLATE (ARG)
Data: 14/03/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau
Um comentário:
Olá,
Sou neto do sr. Wilson, fico muito feliz em ver estes comentários sobre a história de meu avô, que não pode presenciar com ele.
Parabéns pelo Trabalho
Abraços
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