BANGU (RJ)2 x 2 VASCO DA GAMA (RJ)
Data: 19/08/1923
Campeonato Carioca
Local: Rua Ferrer
Árbitro: Francisco Paes de Figueiredo
Gols: Frederico, Antenor, Claudionor e Negrito.
BANGU: Gabriel, Luiz Antônio e Brilhante; Guerra, Joppert e Waldemiro; Frederico, Anchyses, John Hartley, Dininho e Antenor.
VASCO DA GAMA: Nelson, Leitão e Mingote; Arthur, Claudionor e Nicolino; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.
Fonte: Jornal do Brasil
O texto abaixo não foi atualizado, mantendo-se a escrita original da época.
Deixou muito a desejar o jogo que se feriu anteontem entre os times do Vasco e Bangu, no campo deste último.
Ambos foram muito discretos e não souberam imprimir beleza ao jogo. No segundo tempo o jogo melhorou sensivelmente, tanto mais quanto mais se aproximava do termo da partida. O fato é justificável, tendo-se em vista que o Vasco, campeão da cidade, estava a perder para o seu adversário pelo score nada recomendável de 2 x 0.
O jogo desenvolvido pelos campeões não nos agradou, absolutamente, e não poderia agradar aqueles que o assistiram livre de isenção partidária.
A técnica posta em prática pela linha do Vasco não esteve à altura de uma linha campeã. A defesa não nos agradou também, havendo falhas sensíveis em todos os seus elementos.
Claudionor mesmo não fez jogo apreciável. A não ser o seu físico, único requisito superior a Oswaldinho do América, não nos parece acertado como profetizam por aí, a sua escalação em nossa representação nos próximos embates internacionais.
Leitão, o back, falhou completamente, não havendo mais quem nestas horas, depois de assistir ao jogo de anteontem, pense em incluir o seu nome no scratch da cidade.
Esse posto não pode deixar de ser ocupado por Brilhante do Bangu, a alma deste clube, e incontestavelmente o mais ágil e o mais preciso back atualmente do Rio.
Não pode a Metropolitana, a não ser escudada em fins políticos, prescindir desses elementos hoje reconhecidamente insubstituível na posição de back.
Pelo jogo de ontem, verificou-se que a equipe campeã tem mais resistência que técnica.
O Bangu jogou melhor que o campeão da cidade, obtendo dois pontos, enquanto a placar do adversário acusava nulo.
Somente nos últimos minutos, prevalecendo-se do cansaço do adversário, conseguiu o campeão empatar a partida, mais por uma complacência do juiz, que deixou de marcar um pênalti a favor do Bangu, como considerando o 2º ponto do Vasco, visivelmente offside.
O Bangu jogou mais, porém a resistência foi do Vasco. E como a resistência lhe deu o campeonato da cidade, a resistência livrou-lhe também de uma derrota ontem.
Um empate para um campeão nos últimos minutos equivale a uma derrota.
A vitória moral foi portanto do Bangu.
Fonte: www.bangu.net
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