sábado, 29 de novembro de 2008

A volta arrasadora do Dinamite


3º gol do jogo
Vasco 5x2 Corinthians (Campeonato Brasileiro 1980)

Marcio Braga, o ex-presidente do Flamengo, quase juntou no ataque rubro-negro os dois maiores artilheiros da época: Zico e Roberto Dinamite. Vendo que Roberto não se adaptava ao Barcelona, para o qual fora vendido havia menos de três meses, Marcio Braga decidiu contratá-lo. Mas a diretoria do Vasco, ao sentir o escândalo que a torcida estava fazendo, antecipou-se ao clube rival e trouxe seu artilheiro de volta.

O Vasco do técnico Orlando Fantoni não estava bem no Campeonato Brasileiro de 1980. Jogava na base do esforço e do talento pessoais de Guina, Dudu e Carlos Alberto Pintinho. Que falta fazia um líder! Roberto retornava para preencher essa função e para mostrar, a quem não acreditava nele, que podia ser o mesmo artilheiro de sempre e o quanto tinha sido injustiçado na Espanha, em meio às crises do Barcelona e perseguições por parte do técnico Helênio Herrera.

A reestréia foi em Recife, contra o Náutico, em 24 de abril. Roberto teve atuação apagada mas o Vasco venceu por 1x0, gol de Guina.

O reencontro do artilheiro com a torcida seria no dia 4 de maio, no Maracanã, contra a forte equipe do Corinthians. Mas a torcida do Vasco não estaria sozinha para recepcionar o ídolo. Estava programada uma rodada dupla, e na preliminar jogariam Flamengo e Bangu. Por isso, rubro-negros e corintianos se uniram nas arquibancadas. O público pagante chegou a 107.474.

A Fla-Fiel - assim dizia uma faixa na arquibancada do lado esquerdo das cabines de radio - vibrou inicialmente com a vitória do Flamengo por 3x0, três gols de Tita, que jogou com a camisa 10 em substituição a Zico, contundido.

Entusiasmados com a vitória, os rubro-negros fizeram festa com a entrada do Corinthians em campo, com seu tradicional uniforme, e vaiaram a entrada do Vasco, com camisas pretas e calções e meias brancas. O Vasco formava com Mazaropi; Paulinho Pereira, Juan, Léo e Paulo César; Carlos Alberto Pintinho, Guina e Dudu; Catinha, Roberto e Wilsinho. O Corinthians, dirigido por Jorge Vieira, formava com Jairo; Zé Maria, Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava, Basílio e Sócrates; Piter, Geraldão e Wilsinho. Durante a partida, Ivan e João Luís substituíram a Juan e Wilsinho pelo Vasco, e Djalma e Toninho substituíram a Caçapava e Geraldão pelo Corinthians.

Para delírio da Fla-Fiel, o Corinthians abriu a contagem aos 11 minutos com uma bomba de Caçapava de fora da área. Parecia que ia ganhar tranqüilamente. Mas a alegria deles durou pouco. Apenas dois minutos depois, Dudu faz o passe para Roberto, Basílio corta mas Roberto recupera a bola e bate firme, da marca do pênalti. Era o empate e o inicio da reaproximação de Roberto com a torcida. Só que poucos no estádio podiam imaginar que ele continuaria fazendo gols. Roberto, em depoimento a Placar, disse que "era marcar e vibrar. Foi uma sensação fantástica. É muito difícil de descrever". Os vascaínos também estavam tendo uma sensação fantástica que aumentava a cada gol de Roberto, além de divertir-se com a multiplicação dos claros no lado oposto das arquibancadas.

Os gols foram se sucedendo com uma naturalidade surpreendente, sem que fossem cometidas grandes falhas pela defesa corintiana. Aos 27 minutos, Roberto foi avançando e, sem ninguém para tabelar, arriscou o chute de longe. A bola saiu forte, quicou na risca da pequena área e encobriu a Jairo, que mergulhava para a defesa no canto esquerdo: 2x1. Dez minutos depois, Guina faz um lançamento rasteiro e em profundidade para Roberto, que ultrapassa o zagueiro Amaral na corrida e chuta a meia altura, sem defesa: 3x1. Tudo isso ia acontecendo no gol à direita das cabines de radio, lado do reduto habitual da torcida do Vasco na arquibancada do Maracanã. Era felicidade demais. Mas ainda estava faltando. Embalado pela torcida, o Vasco encurralava o Corinthians. Dudu chuta de fora da área, Jairo rebate, Roberto vem com tudo e emenda, estufando a rede: é o quarto, aos 39 minutos. Roberto corre por trás do gol, comemorando com o punho direito erguido, e a galera enlouquece. Os vascaínos nem se importam quando o árbitro Carlos Rosa Martins marca um pênalti aos 42 minutos e Sócrates diminui para 4x2.

Os times vão para o vestiário e a torcida rubro-negra vai mais cedo para casa, abandonando por completo a coligação com os membros da fiel torcida corintiana, que ainda insistia em permanecer no estádio. Nessa altura, não havia quem não esperasse que a goleada aumentasse na etapa complementar, provavelmente com mais gols de Roberto. O segundo tempo começou em banho-maria, mas a torcida cantava "mais um" e vibrava cada vez que Roberto tocava na bola. Roberto dinamita de fora da área e Jairo manda a corner, espetacularmente. Será que a fonte secou? Nada disso. Aos 27 minutos, quase do mesmo lugar, outra bomba pelo alto, e dessa vez nem Jairo nem goleiro nenhum alcançaria: é o quinto do Vasco e o quinto e mais bonito de Roberto.

Jogo encerrado, Roberto foi até as gerais do Maracanã e, emocionado, jogou a camisa 10 para os torcedores. A torcida que lotou a metade das arquibancadas lá permanecia, de pé, ainda não acreditando no que acabara de presenciar, já rouca de tanto gritar o nome do ídolo.

Naquele dia ficou provado que Roberto tinha nascido para o Vasco e de lá nunca deveria ter saído.

Fonte: http://www.crvascodagama.com/?display=FUTEBOL-8

Vascaínos por 1 dia


O Anjo Torto

Por Valdir Appel

Ele viajou em seu confortável Impala, levando um enteado e mais dois garotos oriundos dos juvenis do Vasco, para a cidade serrana de Cordeiro, distante aproximadamente 200 quilômetros do Rio de Janeiro, para disputar um amistoso contra uma seleção local, e que marcaria a sua estréia com a camisa da cruz de malta. No caminho, fez discretas paradas em botecos de beira de estrada para molhar o papo e limpar a poeira do gogó.

Ao chegar, foi recebido pelo centroavante Bianchini, que o conduziu à residência do seu sogro. Disposto a impressionar, o anfitrião mostrou uma garrafa de cachaça envelhecida em tonel de carvalho, guardada a sete chaves, e que só seria aberta no dia em que pisasse em sua residência uma das três celebridades que tanto admirava: governador Carlos Lacerda, Pelé e Garrincha.

"Pois então, chegou a hora de abrí-la!", disse o visitante que, munido do copinho especial para doses, não se fez de rogado e repetiu várias vezes a marvada. Concordou com o anfitrião: a cachaça era realmente deliciosa! Porém, Mané preocupou-se em permitir aos garotos que o acompanhavam apenas o consumo de refrigerantes. Um barbeador elétrico foi providenciado também, para o craque fazer a barba de alguns dias.

Já o ônibus do Vasco, que levava um time composto de alguns titulares, juvenis e jogadores em teste, comandado pelo "Queixada" Ademir Menezes, foi direto para o estádio. Nos vestiários, a curiosidade e a expectativa pela estréia do ponta não era só dos dirigentes e torcedores: os próprios jogadores, principalmente os mais jovens, acompanhavam com interesse todos os movimentos do ídolo. Ficaram surpresos, principalmente pelo fato de ele vestir somente calção, meias e chuteiras, além da camisa, desprezando ataduras e o suporte que todo atleta usava.

Foi um sufoco para o time entrar em campo, todos queriam ficar próximos do homem das pernas tortas. Não havia alambrados, apenas uma mureta de madeira, separando o publico dos jogadores. Policiais fizeram um cordão de isolamento para que os dois times chegassem ao centro do gramado. Mesmo depois de iniciado, o jogo foi interrompido algumas vezes por causa da invasão de apaixonados torcedores que queriam uma foto ou simplesmente tocar naquele que já fora o maior ponta direita do mundo.

Na primeira bola que Garrincha recebeu, ele a dominou e parou em frente ao marcador. Hipnotizou-o, ensaiou a saída, e arrancou para a direita, sem a bola. O lateral o acompanhou. Mané voltou e verificou que o ponta esquerda adversário recuara em socorro do lateral, roubando a bola que ele havia deixado para trás.

A torcida explodiu numa vaia!

"Xi! Mexeram com o homem!", comentou o meia vascaíno Paulo Dias com os companheiros.

E como mexeram! Daí pra frente, foi um espetáculo, que ele jamais repetiria com a camisa do Vasco: dribles, arrancadas, passes perfeitos e um gol de falta, numa exibição magistral durante aqueles inesquecíveis 90 minutos.

Por mais incrível que possa parecer, Mané Garrincha, antes de se imortalizar com a camisa 7 do Botafogo, tentou a sorte no Vasco da Gama. Uns dizem que ele não ficou por causa das pernas tortas e de um desvio na coluna; outros, que ele não levou chuteiras e por causa disso foi impedido de treinar.

Coube ao Vasco, em 1967, atendendo ao pedido de um grupo de jogadores liderados pelo capitão Brito, a missão de tentar recuperar a "alegria do povo", já no ocaso da carreira. O último clube de Mané fora o Corinthians, onde jogara sem brilho.

Totalmente dependente da sua companheira Elza Soares, a única pessoa que lhe foi fiel, varava as noites e madrugadas acompanhando seus shows e bebendo em demasia. Mané chegava em São Januário, bem cedo para os treinos, com os olhos tristes e fundos, e revelando, no andar cansado e desanimado, sua impotência para vencer os vícios. Praticava exercícios leves que pouco ou nenhum resultado traziam ao seu corpo debilitado pelo excesso de peso. Nós percebíamos a sua boa vontade e a inutilidade dos seus esforços.

Todos torciam por ele, mas ninguém acreditava mais no seu futebol. O Vasco desistiu dele ou ele desistiu do Vasco? Nunca fiquei sabendo. Mas, ele nos reservou uma surpresa. No ano seguinte, foi o Flamengo quem lhe deu uma derradeira oportunidade. E foi justamente contra o Vasco, que ele presenteou os torcedores e admiradores com o seu ultimo grande show.

Era uma quarta-feira, de noite estrelada, propícia para a prática do futebol. O Maracanã, seu palco preferido, estava decorado a caráter. Quase 90 mil pagantes assistiram, incrédulos, suas arrancadas, sempre pela direita, em cima de um impotente lateral esquerdo, Eberval, que pedia ajuda de Fontana e Brito, que eram driblados em fila, provocando na platéia momentos de puro êxtase.

Os locutores das rádios passavam tanta emoção e vibração na narração daqueles momentos materializados como um milagre, que milhares de torcedores sem ingresso, que escutavam o jogo do lado de fora do Maracanã, colocaram abaixo um dos seus portões. Aos empurrões, alcançaram as ladeiras do estádio, pularam as catracas e chegaram as arquibancadas para poder ver o que parecera (até então!) improvável: a ressurreição de Garrincha.

A metamorfose durou menos de 45 minutos. Seus joelhos sentiram as jogadas mais duras da nossa zaga. Os torcedores, de pé, ovacionaram sua saída de campo. Um público silencioso e triste viu um segundo tempo sem graça, e o fim da magia deixar pra sempre o maior estádio do mundo.
Foi a única vitória contra o nosso maior rival que eu não comemorei.

Valdir Appel é escritor, colunista esportivo e ex-goleiro do Vasco.


VASCO DA GAMA (RJ) 6 x 1 SELEÇÃO DE CORDEIRO (RJ)
Data: 20/7/1967
Local: Cordeiro (RJ)
Juiz: Vander Carvalho
Renda: NCr$ 2.727,25
Gols: Bianchini 15', Bianchini 18, Zezinho 21, Bianchini 35/1º; Milano 10, Garrincha 20, Valfrido 35/2º.
VASCO DA GAMA: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William) / Técnico: Gentil Cardoso

Fonte: http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/anjotorto.html

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Um baile no Campeão Europeu

Vasco 4x3 Real Madrid (I Torneio de Paris 1957)
Grande parte do texto abaixo e' uma transcricao do livro O Expresso da Vitoria - Uma Historia do Fabuloso Club de Regatas Vasco da Gama, de Abraham Bohadana, paginas 62-66.
O Torneio de Paris nasceu em 1957 para ser o grande evento do calendario internacional do futebol frances. Para sua primeira edicao foram convidados o Racing Club de Paris, um dos melhores times franceses da epoca; o Vasco, campeao carioca de 56, representando a escola sul-americana; o Rot Weiss Essen, uma das mais poderosas equipes da Alemanha; e, como grande atracao, o Real Madrid, considerado simplesmente o melhor time do mundo.
E justica seja feita, o Real era mesmo um timaco. Uma maquina, que tinha o "pessimo" habito de golear seus adversarios. Se a defesa era uma muralha, o ataque era avassalador, com destaque para o frances Raymond Kopa e sobretudo para Alfredo Di Stefano. Nao era a toa que o Real, bicampeao europeu `aquela altura, seguiria vencendo a Copa dos Campeoes Europeus seguidamente ate' 1960.

O Vasco ja' havia enfrentado aquele poderoso Real Madrid quase um ano antes, em julho de 56, na Venezuela. Em tres partidas, houvera uma vitoria para cada lado e um empate - nos dois primeiros encontros, pelo torneio Pequena Taca do Mundo, vitoria do Real por 5 a 2 na primeira rodada do turno e empate de 2 a 2 na ultima rodada do returno, resultado que inclusive deu o titulo aos espanhois. A partida foi tao boa que Vasco e Real foram convidados a realizar novo encontro no dia seguinte, que terminou com a vitoria vascaina por 2 a 0.

Quanto a Di Stefano, era um velho conhecido do Vasco. Quase 10 anos antes, Don Alfredo havia jogado pelo River Plate na final do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeoes. Anulado pela defesa cruzmaltina, o Saeta Rubia nao pode evitar o titulo invicto do Vasco naquela ocasiao.

A participacao no Torneio de Paris era para o Vasco parte de uma longa excursao de meio de ano, que havia comecado em 5 de junho no Caribe, com uma vitoria por 2 a 1 sobre a Selecao de Curacao. A seguir, uma parada em Nova York, onde em 9 de junho derrotou facilmente o Hakoach por 6 a 2. O time dirigido por Martim Francisco partiu entao para a Europa, onde faria mais onze partidas, comecando pelas duas programadas para o Torneio de Paris.

Na partida de abertura do torneio, o Vasco enfrentou o time anfitriao, o Racing, na noite de 12 de junho de 1957. Para supresa geral, o Vasco botou os franceses na roda, deixando a torcida e imprensa boquiabertos. A tal ponto que a vantagem de 1x0 no primeiro tempo (Livinho aos 22 minutos) foi considerada um presente para o adversario. E o placar final de 3x1 (Pinga aos 13 e Vava' aos 22, descontando Senac aos 44), um resultado injusto, que nao refletia nem de longe o que fora a partida.

Na partida de fundo, confirmando as expectativas, o Real nao tomou conhecimento do time alemao goleando-o por 5x0, com uma notavel exibicao de Kopa e Di Stefano.

Para a final do dia 14 de junho no Parc de Princes entre Vasco e Real Madrid, os espanhois eram considerados amplos favoritos pela imprensa francesa. No seu livro O Expresso da Vitoria - Uma Historia do Fabuloso Club de Regatas Vasco da Gama, Abraham Bohadana conta com riqueza de detalhes o que todavia ocorreu:

- Suave e' a noite
Apos uma partida preliminar maluca, que viu a vitoria do Racing sobre o Rot Weiss pelo placar esquisito de 7x5, Vasco e Real entraram em campo para a final, diante de um publico numeroso [38 mil] e avido de emocoes.

E emocoes nao faltariam: aos 4 minutos, aproveitando-se de uma indecisao de Viana, Di Stefano colocava o Real em vantagem. O gol espanhol pegou o Vasco ainda frio e criou o cenario ideal para um europeu: um jogo agradavel, uma noite maravilhosa, uma equipe brasileira habilidosa mas perdendo.

Foi entao que, num passe de magica, o Vasco passou de dominado a dominador. Seus jogadores comecaram a tocar a bola com tal habilidade que a partida foi se transformando numa verdadeira brincadeira de gato e rato. O gol de empate, era obvio, nao tardaria. Aos 20 minutos o lateral direito Dario fez um longo passe transversal para Ortunho que, de primeira, enfiou para a corrida de Pinga. O grande ponta foi a linha de fundo e jogou para tras, para Valter, que soltou uma bomba que estufou a rede espanhola.

Entre estupefatos e divertidos, os franceses aplaudiram, sem saber que o melhor estava por vir. Qual um rolo compressor, o Vasco continuou o recital. Mesmo desfalcado de alguns titulares convocados para a selecao brasileira que disputava as eliminatorias da Copa do Mundo, o Vasco botou o grande Real Madrid na roda. De modo que ninguem se surpreendeu com o segundo gol. Aos 32 minutos nova jogada de Pinga pela esquerda, novo passe para a area, desta vez para o complemento de Vava', o "Peito-de-aco", enfiado entre os zagueiros espanhois. Conquistados, os franceses ensaiaram um Vascô, Vascô.

Humilhado pelo banho de bola, o time espanhol voltou para o segundo tempo agressivo. Logo aos 8 minutos Mateos empatou, concluindo bela jogada de Kopa. Empolgados e apoiados pela torcida que ja' havia esquecido a exibicao vascaina do primeiro tempo, os jogadores do Real resolveram ganhar no grito: Gento agrediu Pinga com uma cabecada e o pau comeu durante 10 minutos. Praticamente sozinho o negao vascaino Ortunho botou o time espanhol p'ra correr.

Os animos haviam apenas serenado quando o mesmo Ortunho entrou duro sobre Mateos, obrigando o jogador do Real a deixar o gramado. Como os espanhois ja' haviam feito as duas substituicoes regulamentares, os dirigentes do Vasco se opuseram a substituicao de Mateos, numa atitude que nao contribuiu em nada para acalmar os animos.

Com Mateos fazendo numero (ou fingindo) a partida recomecou e com ela o dominio do Vasco. Ate' que aos 21 minutos veio o terceiro gol. Uma obra de arte. Uma pintura digna de ser exposta no Louvre (ou numa vitrine da Rua do Ouvidor). Em jogada sensacional, Valter enfiou uma bola de curva para Livinho deslocado pela meia esquerda. Este, cercado de espanhois por todos os lados, nao pensou duas vezes: ao inves de tentar passar a bola para um companheiro desmarcado, simplesmente optou pelo impossivel. Com um toque leve e sutil, quase diafano, tocou pelo alto encobrindo o goleiro espanhol.

Conquistados, os franceses aplaudiram. Deseperados, os espanhois tentaram reagir na raca. Mas o Vasco tinha a partida nas maos: aos 39 minutos, numa jogada acrobatica que provocaria sua contusao, o meia Valter marcaria o quarto e ultimo gol vascaino.

Completamente abatido, o Real, num sobressalto de orgulho, se lancou a frente com todas as forcas, conseguindo diminuir o marcador atraves de Kopa aos 44 minutos. A torcida, que no primeiro tempo tinha vibrado com o Vasco mas que durante a briga apoiara os espanhois, vaiou quando apos a saida a bola foi atrasada parao goleiro Carlos Alberto.

Depois do jogo, de cabeca fria, os franceses entenderam que tinham visto um espetaculo raro, embora doloroso para eles: o baile que os "sambistas" negros tinham aplicado no campeao europeu, considerado o melhor time do mundo. Vale a pena reler o que escreveu no dia seguinte Jacques Ferran no jornal l'Equipe:

"E entao, bruscamente o Real desapareceu literalmente. Seriam as camisas de um vermelho palido ou os calcoes de um azul triste que enfraqueciam a soberba equipe espanhola? Nao; e' que, antes, apareceram subitamente do outro lado os corpos maravilhosos, apertados nas camisas brancas com a faixa preta, de onze atletas de futebol, de onze diabos negros que tomaram conta da bola e nao a largaram mais.
Durante a meia hora seguinte a impressao incrivel, prodigiosa, que se teve e' que o grande Real Madrid campeao da Europa, o intocavel Real vencedor de todas as constelacoes europeias estava aprendendo a jogar futebol".

Por sua vez, o jornalista Gabriel Hanot, o mesmo que mais tarde chamaria Pele' de Rei, admitia que o Real fora totalmente dominado. No time do Vasco, a defesa com quatro zagueiros tinha causado grande impressao, mas o destaque ficava mesmo para o meio campo e para o ataque, onde Laerte, Livinho e Pinga tinham dado um show de bola.

Do Real, so' haviam escapado Kopa e Mateos. Ao grande Di Stefano, que sumiu do jogo apos ter marcado o primeiro gol, restava a frustracao de mais uma derrota frente ao Vasco. Nessa suave noite de gloria para o futebol brasileiro, a grande estrela argentina tinha sido ofuscada por um astro maior: Valter Marciano. O que Valter fez nesse jogo nao pode ser descrito por palavras. Quem viu, viu, quem nao viu, nao viu. Um futebol tao magico que levou Hanot a dizer dele que "jogou um jogo de ataque tal como ha' muito tempo nao se via na Europa".

Quando penso nessa bela e inesquecivel vitoria vascaina me pergunto ate' que ponto a magistral exibicao de Valter nao acabou contribuindo para o desfecho tragico de sua breve carreira. Comprado pelo Valencia, o grande meia acabaria morrendo num estupido desastre de automovel, deixando uma enorme saudade no coracao dos vascainos. Mesmo daqueles que, como eu, nunca o viram jogar.


O Vasco venceu com Carlos Alberto; Dario, Viana (Brito), Orlando e Ortunho (Joaquim Henriques); Laerte e Valter; Sabara', Livinho, Vava' e Pinga. O Real perdeu com Alonso; Torres, Marquitos, Lesmes e Munoz; Santamaria(Ruiz) e Mateos(Santisteban); Kopa, Di Stefano, Rial(Marshal) e Gento.

Note-se que o unico titular da defesa vascaina era Orlando. Alem de Coronel nao ter podido jogar devido a uma contusao, o Vasco viajava desfalcado de Paulinho e Bellini, convocados para a selecao. Enquanto aguardavam os compromissos desta pela Copa Roca e eliminatorias da Copa do Mundo e o resto do time excursionava, os dois zagueiros e mais alguns reservas vascainos atuariam pelo Combinado Vasco-Santos, no Rio e em Sao Paulo, por um torneio que nem chegou a terminar pelo fracasso de publico. Apesar disso, vale a pena observar que nestes jogos do Combinado um desconhecido rapaz de 16 anos (JPEG, 28k), futuro Rei do Futebol, causaria sensacao, a ponto de merecer a sua primeira convocacao.

Apos conquistar o Torneio de Paris, o Vasco partiu para a Espanha, onde deu seguimento a sua empolgante campanha dois dias depois, com uma sensacional vitoria sobre o Atletico Bilbao por 4x2 em La Coruna, na disputa do Trofeu Teresa Herrera. Cairam entao sucessivamente o Valencia por 3x1, em Valencia; o Barcelona, por uma homerica goleada de 7x2 em pleno Nou Camp; novamente o Valencia, por 2x1; em Portugal, o Benfica, por 5x2 no Estadio da Luz; e de volta a Barcelona, o Espanyol, por 3x1. Nos cinemas espanhois, os gols e lances das vitorias vascainas eram aplaudidos quando exibidos nos jornais da tela.

Mais de um mes apos ter deixado do Brasil, o Vasco ainda deslocou-se ate' a Uniao Sovietica onde, ja' desgastado e desfalcado, foi derrotado pelo Dinamo Kiev por 3x1, pelo Dinamo Moscou pelo mesmo placar e, encerrando a longa e cansativa excursao em 14 de julho, pelo Spartak por 1x0.

Eli do Amparo, homem negro, alto e de pernas tortas.

Jogando no Canto do Rio, o médio-direito Eli mostrou um futebol que despertou o interesse do Vasco da Gama. Em São Januário, brilhou por longos anos e inesquecíveis anos. Jogador valente, vigoroso, disciplinado, exemplo de atleta. Um líder com a camisa do Vasco e da seleção brasileira nos anos 40 e 50.
Conhecido como o Xerife, foi campeão carioca várias vezes, brasileiro e sul americano com a camisa cruzmaltina. Pela seleção brasileira conquistou o pan-americano em 1952 e disputou a Copa do Mundo de 1950 e 54.
Encerrou sua vitoriosa carreira no Sport do Recif,e em 1955, onde protagonizou uma das passagens memoráveis do nosso futebol ao conquistar seu último título, o de campeão pernambucano pelo Leão da Ilha.
Na partida final contra o Náutico, Eli recebeu uma cotovelada do ponteiro Ivanildo que abriu a sua testa, fazendo jorrar sangue pra todo lado. Enquanto Eli era atendido, Ivanildo fez o segundo gol timbú, desempatando o jogo que estava um a um.
Eli voltou ao campo - com a camisa ensangüentada e a cabeça enfaixada para conter o sangue – e comandou a reação do seu time. Portando-se como um verdadeiro leão, Eli impedia todas as investidas do adversário por cima ou por baixo. Nas bolas altas metia a cabeça empapando a faixa branca do rubro sangue do seu time.
O empate não demorou a acontecer e um lançamento perfeito de Eli para o centroavante Naninho levou o Sport à vitória por 3x2.
Virou lenda em Pernambuco.
Depois, como treinador, mostrou seu lado mais afável. Tratava os jogadores como filhos. Era um gentleman a desfilar cortesia nos bastidores da bola.
O Vasco abriu suas portas novamente para Eli, que foi funcionário do clube por longos anos exercendo varias funções: de técnico, auxiliar-técnico e preparador de goleiros inclusive.
Sempre foi o homem de confiança dos treinadores que passaram pelo Vasco, entre eles o elegante e finíssimo Zezé Moreira. Formavam uma dupla de homens inteligentes, atenciosos e de indiscutível competência. Juntos conquistaram o Torneio IV Centenário do Rio de Janeiro e a Taça Guanabara em 1965 e o Torneio Rio - São Paulo em 1966. Este último, dividido com mais três equipes. Por falta de datas no calendário, a CBD (antiga CBF) proclamou campeões os times do Corinthians, Botafogo, Santos e Vasco.
Até o final dos anos 60, o cargo de treinador de goleiros nos clubes brasileiros era preenchido por um ex-profissional de futebol. E esta função também era acumulada pelo Eli, que pelos anos de prática, sabia chutar muito bem, condição básica para preparar goleiros na época. Estes treinamentos consistiam em exaustivas seqüências de chutes de longa e curta distância, cruzamentos e cobranças de faltas até o goleiro cair “morto”. Cair morto, segundo os entendidos da época, determinava que o goleiro tinha treinado muito bem. Levar à exaustão era sinônimo de boa preparação. No encerramento dos trabalhos, Eli alinhava várias bolas em cima do travessão do gol de entrada dos vestiários de São Januário - as traves eram quadradas na época. Depois, deslocava-as com chutes certeiros de fora da área. Muitos tentavam a proeza e raramente conseguiam e, quando apostavam, perdiam.
Graças a Eli subi rapidamente à condição de titular do Vasco em 1966 e, em 1969, tive a oportunidade de ser dirigido por ele no Sport do Recife, quando fui cedido ao time da Ilha do Retiro por empréstimo.
(Eli do Amparo nasceu em Paracambi-RJ, em 14/05/1921 . Faleceu em 09/03/1991 Copas: 1950. Jogos pela seleção: 19 (3 não-oficiais). Clubes: Canto do Rio, Vasco, Lusa e Sport. Títulos: Campeão carioca em 1945, 47, 49, 50 e 52 e Sul-Americano em 49, pelo Vasco; pernambucano em 55, pelo Sport; da Copa América em 49, pela seleção brasileira).

Fonte: http://valdirappel.blogspot.com/2008_07_06_archive.html

C.R. Vasco da Gama

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 0 SÃO CRISTOVÃO (RJ)
Data
: 29/01/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro (RJ)
Arbitro : Jorge Dos Santos Travassos
Público : 5.736
Gols : Clóvis 12/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho, França (Richardson), Yan, Valdir (Gian) e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
SÃO CRISTOVÃO: Serginho, Mano, Marcelo, Marcílio, André Duarte, Arilson, Vinícius, Moreno, André Oliveira (Paulo Alexandre), Washington (Cristiano) e Beca / Técnico : Jaílson Guimarães

VASCO DA GAMA (RJ) 0 x 0 BARREIRA (RJ)
Data :
02/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio Eucy De Resende Mendonça / Bacaxá
Arbitro : Cláudio Vinícius Cerdeira
Público : 2.621
Gols : Clóvis 12/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho (Gian), França, Yan, Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
BARREIRA: Jorcey, Paulinho Pereira, Brasília, Tino, Wagner, Andrade (Barão), Cristovão, Adílson Heleno, Ernani, Cacalho e Adílio (Zé Carlos) / Técnico : Alfredo Sampaio

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 0 ITAPERUNA (RJ)
Data : 05/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro
Arbitro : Sérgio Cristiano do Nascimento
Público : 5.055
Gols : Clóvis 11/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho (França), Gian (Richardson), Yan, Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
ITAPERUNA: Pacato, Flávio, Roni, Rondinelli, Helinho, Januário (Marcão), Ramalho, Geovani, Robinho (Zé Aílson), Paraíba e Betinho / Técnico : Paulo Massa

VASCO DA GAMA (RJ)6 x 1 OLARIA (RJ)
Data : 08/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro
Arbitro : Jorge Luís Carius
Público : 630
Gols : Pimentel 16, Andrei 28, Marcão Contra 34, Valdir 35/1º, Clóvis 16, Clóvis 17 e Yan 36/2
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio (Bruno Carvalho), Leandro, Luisinho, Richardson, Yan, Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
OLARIA: Chico, Leandro, Deninho (Lins), Marcão, Renan, Niltinho, Adriano, Eduardo, Igor, Luciano Silva e Andrei / Técnico : Toninho

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 0 AMÉRICA (RJ)
Data : 12/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De Moça Bonita / Rio De Janeiro
Arbitro : Ubiraci Damásio
Público : 4.615
Gols : Leandro 35, Gian 39 e Gian 43/2º
Expulsão : Cássio (Vasco)
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Luisinho (Bruno Carvalho), Leandro, Richardson, Yan (Gian), Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
AMÉRICA: Alexandre Cruz, Robson, Sant Clair, Valtinho, Vanderson, Gilcínei, Carlinhos (Maurício), Zinho, Rogério, André Miquimba e Gílson (Álvaro) / Técnico : Luisinho Lemos

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Campeonato Carioca 1950

Golaço de Ademir

Credito: Texto e foto: http://www.museudosesportes.com.br/
A decisão do campeonato carioca, verificou-se no Estádio Municipal do Maracanã, e foi, indiscutivelmente, o fecho de ouro do certame guanabarino. Os quadros que mais fizeram de bom dentro do campeonato, em confronto decisivo, ofereceram ao maior publico já presente a um jogo de certames regionais, um espetáculo colorido, onde nada faltou para arrebatar de emoções os torcedores que estiveram no estádio. Vasco e América não tiveram medo da derrota e procuram jogar para a vitória.

E o encontro, cuja decisão mais parecia ser fruto da maior classe do Vasco, teve duas fases distintas. A primeira, em que o América foi mais time, mais conjunto e, por isso mesmo, o dominador da cancha. A segunda, em que o Vasco tomou conta da situação, penetrando seguro no rumo certo da conquista suprema. A objetividade do Vasco se fez notar, uma vez mais nessa peleja. No primeiro tempo, o América, mesmo dominando, marcou um gol, mas sofreu outro. Na etapa final, quando o controle das ações pertenceram ao onze cruzmaltino, o Vasco voltou a marcar um gol sem que o América conseguisse mais outro. E se o empate já era bastante para a conquista do Vasco, a vitória lhe sobrava.

Logo aos três minutos, Ademir assinalou um gol. Uma boa virada que cobriu Osni, no momento em que o goleiro saia para cortar a trajetória da bola. Esse gol deu maior tranqüilidade a família vascaina, pois ao América se tornou muito mais longínquo a hipótese de atingir o campeonato, já que o Vasco levava a vantagem do empate. Sacudindo o nervosismo que esse gol lhe causou, o América reencontrou o seu melhor jogo e começou a empurrar o Vasco para dentro do seu próprio campo, que somente atacava as custas de manobras isoladas que pontificavam em escapadas perigosas de Ademir, Ipojucan e Djair. E, Maneco, aos 33 minutos, valendo-se da sua superioridade, conquistou o empate que o time vinha fazendo por merecer. Foi um belo gol do Saci, depois de uma finta espetacular em Eli.

O América prosseguiu dominando até o final da etapa inicial, mas o Vasco continuava a ser quase invulnerável , mesmo quando o antagonista o dominava. No tempo complementar, o Vasco tomou as rédeas da contenda, dominou por sua vez o adversário e fez o gol da vitória pela sua categoria superior e da sua classe bem maior que a do América. O merecimento da vitória vascaina está precisamente na sua maior superioridade clássica. Seus homens são mais experimentados que os do América. Ademir, numa carga isolada, empurrou a bola as redes de Osni, como só ele podia empurrar. O Vasco agora, era o detentor do titulo que nunca conseguira, o de bi campeão carioca, está de parabéns.

Cabe elogios ao Vasco, cujo titulo ninguém contestará, e exaltar o América pela sua campanha brilhante, que o levou de um mero participante despretensioso, a finalissima do campeonato. Se o vasco foi grande por ter encontrado seu jogo que parecia perdido, o América também foi grande por ter ultrapassado a própria expectativa.


VASCO DA GAMA (RJ) 2 x 1 AMÉRICA (RJ)
Data: 28/01/1951.
Campeonato Carioca 1950
Local : Estádio do Maracanã
Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro.
Renda: 1.577.014,00.
Gols: Ademir (2) e Maneco
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Laerte, Eli, Danilo e Jorge, Alfredo, Ipojucan, Ademir, Maneca e Djair.
AMÉRICA: Osni, Joel e Osmar, Rubens, Osvaldinho e Godofredo, Natalino, Maneco, Dimas, Ranulfo e Jorginho







terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vascaínos por 1 dia


Crédito: http://www.netvasco.com.br/mauroprais
Zico

Quando compôs a sua música "Pega na Mentira", o compositor vascaíno Erasmo Carlos nunca poderia suspeitar que o verso de abertura que dizia "Zico está no Vasco" deixaria de ser mentira pouco mais de 10 anos depois, mesmo que por um dia.
Após ser protagonista da conquista do quinto título invicto de campeão carioca pelo Vasco em 1992, Roberto Dinamite, o maior artilheiro do Vasco de todos os tempos, anunciou o encerramento da sua longa e notável carreira. Um jogo de despedida foi programado para a noite de 24 de março de 1993, uma quarta-feira. O adversário convidado foi o clube espanhol Deportivo La Coruña, para onde recentemente havia se transferido o ex-ídolo vascaíno Bebeto. Para participar da festa foi convidado Zico, que àquela altura já atuava no futebol japonês e veio ao Brasil especialmente para a festiva ocasião. Um Maracanã com bom público (quase 30 mil pagantes) testemunhou a imagem insólita do Galinho de Quintino no seu dia de vascaíno, atuando no primeiro tempo em dupla com Roberto, numa bonita homenagem.

O Vasco perdeu a partida e uma invencibilidade de nove meses, mas o resultado era o que o que menos importava. Ali pendurava as chuteiras o seu maior ídolo. Eis a súmula do amistoso:

VASCO DA GAMA (RJ) 0 x 2 DEPORTIVO LA CORUÑA (ESP)
Data: 24/3/1993
Amistoso Internacional
Local: Estádio do Maracanã
Juiz: José Roberto Wright
Renda: Cr$ 2.790.250,00
Público: 28.926
Gols: Bebeto 38/1º,Nando 50/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro, William e Zico (Geovani); Bismarck e Roberto (Valdir)/ Técnico: Joel Santana.
DEPORTIVO: Liaño (Yosu), Djucik, Albístegui (Savin) e Ribera; José Ramón, Mauro Silva, Nando, Mariano e Marcos (Ramón); Fran e Bebeto (Antônio).

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Marcely Soares e Camila Lomboni são Campeãs Estaduais de Ginástica

Camila Lomboni


Marcely Soares e Camila Lomboni são Campeãs Estaduais de Ginástica

Foi disputado neste domingo (09/11) na sede do C.R. Flamengo, o Campeonato Estadual de Ginástica Artística. O Vasco esteve presente na competição com seis atletas sob comando do técnico Orlando Sant´Anna e conquistou um total de três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.

O destaque cruzmaltino ficou por conta de Marcely Soares e Camila Lomboni que foram Campeãs Estaduais nas categorias Juvenil Intermediário e Infantil Iniciante respectivamente.

Pela categoria Pré-Infantil B Nível 8, o Vasco foi Campeão por Equipes com Abelyn Ariata conquistando a medalha de prata e Joyce de Jesus a de bronze. Participaram também da equipe: Milena Leal e Ingrid Lemos.

Jorge



Nome: Jorge Dias SacramentoNascimento: 22/03/1924, Recife-PEFalecimento: 30/07/1998, Rio de Janeiro-RJPeríodo: 1944 a 1954Posição: Lateral-esquerdo
Integrante da famosa linha media do Expresso da Vitoria, Eli, Danilo e Jorge, conquistou a torcida como um marcador implacavel e eficiente. Considerado um dos melhores do Vasco na sua posicao em todos os tempos. Foi titular da selecao carioca que se sagrou campea brasileira em 1946. Pelo Vasco, foi campeão carioca nos anos de 1945, 1947. 1949. 1950 e 1952, e campeão sul-americano de clubes em 1948.

Fonte: http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/idolos4.html

sábado, 8 de novembro de 2008

Sul Americano de Clubes 1948



A competição, disputada no Chile, foi a primeira conquista pelo futebol brasileiro no exterior. Incluindo a seleção brasileira. O Vasco foi campeão invicto com quatro vitórias e dois empates e superou um dos principais clubes da época: o River Plate, da Argentina, que era chamado de "La Maquina" e tinha o craque Di Stéfano. O Sul-Americano de Clubes Campeões foi o título mais importante do Vasco até a conquista da Taça Libertadores em 98.

A Conmebol passou a reconhecer a competição em 1996, e o Vasco se tornou o primeiro campeão sul-americano. A reivindicação da diretoria ocorreu para o clube ter o direito de disputar a Supercopa, que reunia todos os campeões de Libertadores.
A defesa do Vasco usou como principal prova um livro antigo da Conmebol, que havia sido descoberto na época, e contava a história da Taça Libertadores. No livro, o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 foi considerado o "embrião" da Libertadores.

Os heróis do título

BARBOSA: Considerado o maior goleiro da história do Vasco, Barbosa faleceu no dia 7 de abril de 2000, em Santos (SP). Foi o goleiro menos vazado e fundamental para a conquista do título Sul-Americano de Clubes Campeões, em 1948. Sofreu três gols em seis jogos na competição e teve grande atuação no jogo decisivo contra o River Plate, da Argentina. Titular da Seleção Brasileira, defendeu o Vasco entre 1945 e 1955 e entre 1958 e 1960. Foi o jogador que mais títulos conquistou com a camisa cruzmaltina: campeão carioca em 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958; municipal em 1945, 1946 e 1947; sul-americano em 1948; do Torneio Relâmpago em 1946; e do Torneio Início em 1945, 1948 e 1958.

BARCHETA: Goleiro reserva de Barbosa, Fausto Barcheta entrou no segundo tempo da partida contra o Municipal, do Peru. Foi sua única participação no Sul-Americano de 1948. Era o jogador mais experiente do time na competição com 30 anos. No ano seguinte, se transferiu para o Flamengo.

WILSON: Zagueiro titular na conquista, Wilson participou de cinco dos seis jogos. Ficou fora apenas da partida contra o Emelec. Foi um dos destaques da final ao marcar o craque do River Plate, Di Stéfano. Faleceu em 1998. Jogou por nove anos no Vasco, de 1943 a 1952.

RAFAGNELLI: Ex-zagueiro argentino revelado pelo River Plate que atuou no Vasco da Gama de 1943 a 1948, Rafagnelli morreu no dia 6 de julho de 2001. Foi sepultado em Maricá, na Região dos Lagos. Então titular absoluto da zaga, foi barrado pelo técnico Flávio Costa na final em uma história até hoje cheia de versões. O treinador, anos mais tarde, disse que não sentiu confiança no zagueiro na véspera da final. Rafagnelli enfrentaria o ex-clube. Mas acabou entrando no segundo tempo com a lesão de Wilson. Antes de falecer, Rafanelli morava na Casa de repousos Docelar, em Niterói.

AUGUSTO: O zagueiro Augusto jogou quatro partidas do Sul-Americano de 1948. Faleceu em 2004. Foi um dos principais jogadores do Expresso da Vitória: campeão carioca em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952.

ELY: Meia bastante técnico, Ely participou dos seis jogos do Sul-Americano. Morreu em 1991 aos 69 anos. Disputou as Copas de 1950 e 1954; Está na lista dos maiores ídolos do Vasco.

DANILO: Um dos maiores craques brasileiros em todos os tempos, Danilo, infelizmente, morreu pobre e esquecido, morando num asilo, em 16 de maio de 1996. Chamado de "O Príncipe" por sua classe e habilidade, Danilo Alvim participou dos seis jogos do Vasco no Sul-Americano e fez um gol em cima do Nacional, do Uruguai. Titular na Copa de 1950. Era um dos maiores jogadores do Expresso da Vitória.

JORGE: Integrante da famosa linha de meio-campo do Expresso da Vitória com Ely e Danilo, o meia era um marcador eficiente. Jogou as seis partidas do Sul-Americano de 1948 e foi importante nos empates com o Colo Colo e o River Plate. Faleceu em 1998, no Rio de Janeiro.

MOACIR: Único jogador do elenco que não entrou em campo na conquista do Sul-Americano de 1948. Meia, Moacir tinha 23 anos na época da conquista.

ADEMIR MENEZES: O Sul-Americano marcaria a volta de Ademir ao Vasco após um período no Fluminense. Mas o atacante se machucou na primeira partida na competição, mas não sem antes marcar um gol sobre o Nacional, do Uruguai. Com uma fratura no tornozelo ficou apenas torcendo pelos companheiros no Chile. Faleceu em 1996, aos 73 anos, no Rio de Janeiro. É o segundo maior artilheiro da história do Vasco, com 301 gols. Fica atrás apenas de Roberto Dinamite. Ademir foi titular absoluto da seleção brasileira e o artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com oito gols.

NESTOR: Atacante, Nestor participou de duas partidas do Sul-Americano de 1948 entrando no segundo tempo. Não fez gol. Era o jogador mais novo da delegação, com 21 anos.

LELÉ: Atacante, Lelé entrou no time com a contusão de Ademir e fez três gols no Sul-Americano. Garantiu a vitória sobre o Litoral, da Bolívia, na estréia da competição ao marcar os dois gols. Era um dos mais experientes do grupo, com 29 anos. Foi até citado numa marchinha de carnaval que se tornou popular na voz da cantora Linda Batista. Faleceu em 2003.

DJALMA: Meia-atacante, Djalma Bezerra dos Santos participou de toda a campanha do título. Jogou as seis partidas, mas não fez gol. Foi vítima de trágico e fatal acidente durante o carnaval de 1954.

MANECA: Meia-atacante, Maneca jogou as seis partidas e marcou um gol no Sul-Americano de 1948. Faleceu em 1961. Participou das Copas de 1950 e 1954. Atuou pelo Vasco de 1947 a 1955. Jogava tanto na meia-direita como na meia-esquerda.

CHICO: Ponta veloz, inteligente e que chutava forte com os dois pés, Chico vestia a camisa 11 do Expresso da Vitória. Participou dos seis jogos da campanha, mas não fez gol. Como não tinha passaporte, foi o último jogador a chegar ao Chile para a competição. Foi expulso no jogo decisivo contra o River Plate após fazer um gol que foi mal anulado pelo árbitro. Faleceu no dia 1º de outubro de 1997. Na Copa do Mundo de 1950, ele jogou quatro partidas e marcou quatro gols pela seleção brasileira.

FRIAÇA: Foi o artilheiro do Vasco no Sul-Americano de 1948 com quatro gols. É o único jogador titular daquele time ainda vivo. Albino Friaça Cardoso foi também o autor do único gol brasileiro na final da Copa do Mundial de 50, em que o Uruguai derrotou o Brasil por 2 a 1, em pleno Maracanã.

ISMAEL: Atacante veloz, Ismael participou dos seis jogos do Sul-Americano e marcou dois gols. O mais importante garantiu a vitória de 1 a 0 sobre o Emelec, do Equador. Resultado que deu a vantagem de jogar pelo empate ao Vasco sobre o River Plate na partida decisiva.

DIMAS: Atacante reserva, Dimas participou de quatro partidas do Sul-Americano, mas não balançou a rede.

FLAVIO COSTA: Técnico do time, Flávio Rodrigues Costa faleceu no dia 22 de novembro de 1999. Acabou sendo estigmatizado por ter sido o treinador da seleção brasileira na derrota da Copa do Mundo de 1950. Foi nove vezes campeão carioca, sendo quatro pelo Vasco.


As súmulas das partidas


VASCO DA GAMA (RJ) 2 x 1 LITORAL (BOL)
Data: 14/02/1948
Local:Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Carlos Lesson (CHI)
Gols: Lelé (2); Sandoval
Cartão vermelho: Ismael (V)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e Chico.
LITORAL: Gafure (Millan), Arraz e Bustamante; Vargas, Valencia e Ibanez; Sandoval, Rodriguez, Caparelli, Gutierrez e Orgaz.

VASCO DA GAMA (RJ)4 x 1 NACIONAL (URU)
Data: 18/02/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Higino Madrid (CHI)
Gols: Ademir, Maneca, Danilo e Friaça; Wálter Gómez
VASCO DA GAMA: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir (Ismael) e Chico.
NACIONAL: Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta (Talba), Rodolfo Pini e Cajiga; Castro, Wálter Gómez, Marin, José Garcia e Orlandi.

VASCO DA GAMA (RJ)4 x 0 MUNICIPAL (PER)
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Data: 25/02/1948
Árbitro: Julio White (CHI)
Gols: Lelé, Friaça (2) e Ismael
VASCO DA GAMA: Barbosa (Barcheta 37'/2ºT), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas 28'/2ºT), Friaça, Lelé (Ismael, intervalo) e Chico.
MUNICIPAL: Suárez, Cavadas e Perales; Colunga, Castillo e Cellis (Ruiz 18'/2ºT); Mola (Navarrete 38'/2ºT), Mosquera (López 14'/2ºT), Drago, Guzman e Torres.

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 0 EMELEC-EQU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 29/02/1948
Árbitro: Higino Madri (CHI)
Gol: Ismael
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico (Nestor).
EMELEC: Arias, Zurita e Enriquez; Mendonza I, Alvarez e Ortiz (Riveros); Fernandez, Jiménez, Alcibar, Yepes e Mendonza II.

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 1 COLO COLO (CHI)
Data: 07/03/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago
Árbitro: Carlos Paredes (BOL)
Gols: Farias; Friaça
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé) (Maneca), Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
COLO COLO: Fernandes, Fuerzalida (Urroz) e Pino; Machuca, Miranda e Muñoz; Castro (Clavero), Farias, Infante (Lorca), Varela e López.
* Obs.: O regulamento permitia que um jogador substituído voltasse a campo.

VASCO DA GAMA 0 x 0 RIVER PLATE (ARG)
Data: 14/03/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau

Fonte: globoesporte


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Gol mil de Pelé vira medalha

Gol mil de Pelé vira medalha que será leiloada em projeto beneficente

Os 1.283 gols marcados por Pelé e que encantaram o mundo, agora irão ajudar a salvar vidas, através do projeto 'Gols pela Vida', desenvolvido pelo 'Rei' em parceria com o Complexo Pequeno Príncipe, de Curitiba, que desenvolve atividades de assistência e pesquisa em saúde da criança.

O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe transformou cada gol marcado por Pelé em uma medalha, disponível nas versões ouro, prata e bronze e produzidas pela Casa da Moeda do Brasil com uma tecnologia inédita, que permitiu a gravação do número na face da medalha.

As medalhas, exclusivas, remeterão cada uma a um gol específico de Pelé e serão vendidas através do site http://www.golspelavida.org.br/, acompanhadas de um certificado de autenticidade, que garante a exclusividade do produto, assinado por Pelé, pela Casa da Moeda e por representantes do Pequeno Príncipe.

O site de venda das medalhas é também um grande banco de dados sobre os feitos do craque, pois, através de um sistema de busca, é possível descobrir em que dia Pelé marcou os seus gols, contra quais times ele jogou e conhecer um pouco mais sobre a história de cada um.

As medalhas de ouro custam R$ 3 mil, as de prata R$ 1.500 e as de bronze R$ 700. O 'gol completo', formado pelas três medalhas, sai por R$ 5.200. As compras podem ser pagas com cartão de crédito e parceladas em até dez vezes, dependendo da bandeira do cartão.

Alguns gols especiais, no entanto, como o primeiro marcado pelo 'Rei', diante do Corinthians de Santo André, dia 1º de setembro de 1956, tem um preço um pouco mais 'salgado' para os colecionadores. Segundo o site, a versão ouro da medalha sairá por R$ 5.391,81.

Já o milésimo gol, marcado em cima do Vasco, em 19 de novembro de 1969, não está disponível para venda. A peça será leiloada no início de 2009, em um grande evento internacional.

A venda das medalhas é, na verdade, o primeiro projeto do 'Gols pela Vida', que por um período de dez anos vai colocar no mercado produtos e propostas de apoio e financiamento às pesquisas relacionadas às doenças da infância.

Fonte: http://www.netvasco.com.br/

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Volta de Portugal 1951


Com esta foto raríssima do atleta vascaíno João Massari da equipe de Ciclismo, gentilmente cedida pelo amigo Joaquim do Carmo do Blog http://belenensesilustrado.blogspot.com, iniciamos postagens dos esportes amadores do nosso amado C.R. Vasco da Gama

Copa do Brasil 1995

FLAMENGO (PI) 1 X 2 VASCO DA GAMA (RJ)
Data : 10/03/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Alberto Silva / Teresina
Arbitro : Marco Antônio Brasil
Público : 3.823
Gols : Ricardo Rocha 43/1º, Demétrio 46/1º e Clóvis 21/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Bruno Carvalho, Paulão, Ricardo Rocha, Bill, Leandro, França, Richardson (Hernande), Yan, Gian e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
FLAMENGO: Ronaldo, Pedrinho, Osmarildo, João Carlos, Zuega, Bilé,
Tobi, Alemão, Valdomiro, Serginho e Demétrio / Técnico : João Pereira Da Silva

VASCO DA GAMA (RJ) 4 X 1 FLAMENGO (PI)
Data : 30/03/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio São Januário Rio De Janeiro
Arbitro : Edmundo Lima Filho
Público : 376
Expulsão : Vianna (Vasco)
Gols : Yan 40/1º, Osmarildo contra 15/2º, João Carlos contra 20/2º, Serginho 36/2ºT) e Hernande 41/2º
VASCO DA GAMA Caetano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Bill, Vianna, Luisinho,
Richardson, Yan (França), Brener (Hernande) e Clóvis /Técnico : Nelsinho Rosa
FLAMENGO: Ronaldo, Pedrinho (Toninho), Osmarildo, João Carlos, Zuega, Bilé,
Alemão, Valdomiro (Filho), Pinto, Serginho e Demétrio / Técnico : João Pereira Da Silva
Obs: Vasco classificado para a segunda fase

NACIONAL (AM) 0 X 2 VASCO DA GAMA (RJ)
Data : 15/04/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Vivaldo Lima / Manaus
Arbitro : Marcos Café
Público : 18.000
Gols : Valdir 09/2º e Valdir 39/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro (Frazão), França, Yan, Gian (Hernande), Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
NACIONAL: Guanair, Alexandre, Careca, Murica, Guará, Evilásio, Alcimar, Paçoca, Jeremias, Nascimento e Jorge Veras / Técnico : Abelardo Cesário

VASCO DA GAMA (RJ) 4 x 1 NACIONAL (AM)
Data: 27/04/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Do Maracanã / Rio de Janeiro
Arbitro : Paulo César Gomes
Público : 678
Gols : Richardson 13, França 32 e Valdir 40/1º, Clóvis 27 e Jorge Veras 44/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Cláudio Gomes, Paulão, Cássio (Bruno Carvalho), Sídney, França, Yan (Hernande), Richardson, Valdir e Clóvis / Técnico : Abel Braga
NACIONAL: Guanair, Alexandre, Evilásio, Careca, Guará, Kim, Marinho, Jeremias, Alcimar (Dênis), Nascimento (Índio) e Jorge Veras /Técnico : Ricardo Peixoto
Obs : Vasco classificado para terceira fase

VASCO DA GAMA (RJ) 0 X 1 ATLÉTICO MINEIRO (MG)
Data : 10/05/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Arbitro : Oscar Roberto De Godoy
Público : 2.107
Expulsão : Alemão
Gol: Carlos 02/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Cláudio Gomes, Ricardo Rocha, Cássio, Luisinho, Leandro, Richardson, Yan (Hernande), Valdir e Clóvis (Alemão) / Técnico : Abel Braga
ATLÉTICO MINEIRO: Taffarel, Dinho, Luís Eduardo, Ademir, Paulo Roberto (Edgar), Carlos, Gutemberg, Daniel Frasson, Éder (Darci), Euller e Renaldo / Técnico : Levir Culpi

ATLÉTICO MINEIRO (MG) 0 X 1 VASCO DA GAMA (RJ)
Data : 17/05/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Do Mineirão / Belo Horizonte
Arbitro : Sidrack Marinho Dos Santos
Público : 41.947
Gol : Valdir 06/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Luisinho (Cláudio Gomes), França, Leandro, Yan (Hernande), Brener e Valdir / Técnico : Abel Braga
ATLÉTICO MINEIRO: Taffarel, Paulo Roberto II, Luís Eduardo, Ademir, Paulo Roberto, Daniel Frasson, Carlos, Gutemberg (Canela), Éder, Renaldo (Reinaldo) e Euller / Técnico : Levir Culpi
Obs: Nos Pênaltis o Vasco se Classificou para a quarta fase vencendo por 4 x 1

VASCO DA GAMA (RJ) 0 X 1 CORINTHIANS (SP)
Data :
24/05/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Arbitro : Valdomiro Matias Da Silva
Público : 10.318
Expulsão : Zé Elias (Corinthians)
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Bruno Carvalho, Ricardo Rocha, Paulão, Cássio, França (Richardson), Leandro, Luisinho, Yan, Valdir (Clóvis) e Brener / Técnico : Abel Braga
CORINTHIANS: Ronaldo, André Santos, Célio Silva, Henrique, Silvinho, Zé Elias, Souza (Elivelton), Marcelinho Paulista, Marcelinho Carioca, Fabinho e Viola (Ezequiel) / Técnico : Eduardo Amorim

CORINTHIANS (SP) 5 X 0 VASCO DA GAMA (RJ)
Data : 31/05/1995
Copa Do Brasil
Local : Estádio Do Pacaembu / São Paulo
Arbitro : Antônio Pereira Da Silva
Público : 43.492
Gols : Ricardo Rocha Contra 25/1º, Viola 34/1º, Souza 21/2º, Viola 41/2º e Viola 42/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, França, Leandro, Yan (Frazão), Hernande, Valdir e Brener (Émerson) / Técnico : Abel Braga
CORINTHIANS: Ronaldo, André Santos, Célio Silva, Henrique, Silvinho, Bernardo, Marcelinho Paulista, Marcelinho Carioca, Souza (Elivélton), Fabinho e Viola / Técnico : Eduardo Amorim
Obs : Vasco da Gama eliminado da Copa do Brasil